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E, de repente, enquanto escrevia Bis, me desligava do antigo Hotel Solar Paulista de tantas aventuras sentimentais. E é em Bis que me despeço, no poema intitulado “Goodbye”, e observo que minha relação com o Bixiga foi intensa. Talvez mais ainda porque eu ia para lá como um forasteiro. E conhecemos mais as cidades quando estamos distantes.

Mesmo assim, Bis continuou. Depois da despedida, ainda escrevi “O Solar”, em que faço mais uma exaltação àquele edifício, que se transformou num albergue para divorciados; “Fome de Som”, um poema surpreendente para mim mesmo. E ainda “Reformália”, que me colocava novamente em contato com a vida católico-protestante da Vila Curuçá.

Eu queria ter falado mais, e até continuado com a brincadeira de Zum-Bis. Mas esse corte com a saída do Solar foi surpreendente. Foram cinco anos marcando ponto, lidando com os atores, diretores e dançarinos dos teatros das imediações, lutando naquele embate infindo entre o Zé Celso Martinez Correa com o Teatro Oficina e o Grupo Sílvio Santos de Senor Abravanel. Tinha sido muito movimento para de repente voltar para casa.

Logo em seguida parti para as letras propriamente ditas: fui trabalhar como tradutor, na Fidelity Translations, onde comi o pão que o diabo amassou, mas fiz questão de passar um requeijão, com o qual aprendi muito sobre tradução jurídica.

Já trazia projeto na manga para o próximo livro de poemas. Mesmo assim, parti para Alphaville, onde também fui tradutor,  e passei por uma experiência diferente.

Foi uma fase muito produtiva aquela do Bis, ainda que interrompida pela saída do Solar. Porém, as letras permaneceram, ainda estava grávido de nove livros em verso, mais quinze em prosa para dar à luz, além de muitas traduções para o português e para o inglês.

Bis

R$ 60,00Preço
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